BANDA DE CONGO SÃO BENEDITO DE ACIOLI
Em 19 de dezembro de 1925, no Morro do Feijão, foi fundada a Banda de Congo de São Benedito de Acioli pela família afrodescendente do senhor Felizardo, Colodino, João, Antônio, Plácido, José e Maria.
A família percorria a pé, os 18 km de estrada para chegar ao distrito de Acioli. Ao som de tambores, casacas e entoada músicas, eles eram acompanhados pela população, que muito devota, carregavam a imagem de São Benedito nas costas e junto com o mastro seguiam em procissão acompanhada pelo Padre local. Ao chegar na igreja, o mastro era fincado e assim dava-se início aos festejos.
A banda era composta por oito tambores, cinco caixas, sete casacas, dois bumbos, três cuícas, um triângulo, um pandeiro, um chocalho e um apito. Atualmente a banda ainda possui os instrumentos centenários e mantém viva a tradição que é passada de geração em geração.
BANDA DE CONGO SÃO BENEDITO DE JOÃO NEIVA
A Banda de Congo São Benedito de João Neiva começa sua história no início do século passado. Quando os afrodescendentes aqui chegaram para trabalhar nas lavouras de café, alguns negros refugiados das rebeliões da Serra e São Mateus já se encontravam pela região, onde batiam tambores na prática das religiões africanas.
As histórias sobre seu surgimento chegaram ao conhecimento da população através de pessoas como Seu João Feu e Seu Manoel Machado, responsáveis por levar a diante a banda, cujos ancestrais se reuniam para bater congo. Inicialmente, Seu João Feu e Seu Manoel Machado, também conhecido como Manoel do Congo, possuíam bandas distintas, porém em meados dos anos 40 os grupos se uniram tornando-se assim a Banda de Congo São Benedito de João Neiva.
Após a morte de Seu João Feu, assumiu a responsabilidade da banda Seu Cândido, Dona Rosa e Seu Cipriano – pai de João Carlos da Silva, atual mestre da banda.
Nos anos 80, foi criada a “Banda de Congo Mirim” por Clóves Correia, tendo João Cacheado como capitão. Sob a responsabilidade da Igreja Católica, a banda teve como primeira presidente Maria Isabel Barreto e João Luiz dos Santos.
No dia 14 de janeiro de 2008, com a presença do Presidente da Associação de Folclore de João Neiva, Sr. Almir Antônio Guzzo, e da Secretária de Cultura e Turismo, Srª Glecy Coutinho, foi criada a Associação da Banda de Congo São Benedito de João Neiva, tendo Tarcísio Boaventura de Oliveira como presidente e Neusa dos Santos como vice.
BANDA DE MÚSICA GUILHERME BAPTISTA
Em 1907, no distrito de Barra do Triunfo, Guilherme Baptista lançou a banda de música, que na época levou o nome de Lírya Triunfense. Porém, o grupo permaneceu inativo por alguns anos, voltando com suas atividades 64 anos depois, com a ajuda de Roberto Baptista, sobrinho de Guilherme. Assim, tendo o seu nome mudado, homenageando seu fundador e sendo chamada de “Banda de Música Guilherme Baptista”.
Com mais de 100 anos de história, o grupo tem raízes italianas. Foi necessária a ajuda do primeiro Maestro, Antônio Barcelos, para adquirir os primeiros instrumentos musicais.
A banda conta com aproximadamente 28 músicos e tem como objetivo aumentar esse número com o passar dos anos, para que as próximas gerações possam dar continuidade às atividades da banda.
CAPOEIRA JOGO LIVRE
Valter Pereira do Rosário, mais conhecido como Mestre Cabelim, chegou em João Neiva no ano de 1992. O início da história do Grupo Capoeira Livre se deu no mesmo ano, após o mestre conseguir o terraço de uma casa emprestado, localizada na Av. Brasil, para iniciar os treinamentos.
O capoeirista foi oficialmente graduado Mestre em 15 de julho de 2000, pelos mestres Ismael Rodrigues Alves (Mestre Cunha), e Arlindo Furtado de Lima (Mestre Lima).
Cabelim continua com suas aulas na cidade de João Neiva e desenvolvendo seu trabalho em diversos projetos voltados a crianças com necessidades especiais e em risco social, como a Associação Pestalozzi e o Projeto JHJ.
CORAL NONA SAÍNA
O Coral Nona Saína surgiu a partir do repertório do Sr. André Lecchi, que conheceu as músicas tradicionais da Itália ao ouvir sua mãe, Severina Pandolfi Lecchi, cantar durante a noite enquanto costurava suas roupas. André decorou as letras e em 2 de abril de 1992, reuniu-se com amigos na casa do Sr. Almir Guzzo, dando origem ao grup Nona Saína, que carrega em seu nome uma homenagem a sua mãe.
Inicialmente com 48 membros, tendo o Almir Guzzo no acordeon, Almir Frigini no violão, Caiau no pandeiro e João Dettogni no triângulo, o grupo começou a ganhar destaque pela dedicação e pelo regionalismo perceptível na pronúncia da língua italiana que destacava a origem simples do coral, fazendo o grupo ganhar sete troféus do clube Italo-Brasileiro.
Atualmente o coral conta com 14 membros, tendo como principais incentivadores Almir Guzzo, Cecília Del Puppo Guzzo, Tilda Simonelli Ruy e Layde Anna Guzzo.
FOLIA DE REIS NOSSA SENHORA DA PENHA
Com mais de 50 anos de história, o grupo tem a missão de preservar a tradição e a identidade dos festejos da Folia de Reis. O ofício de guardião da folia permanece entre as gerações da Família “Davi” e “dos Santos”, que vivem na comunidade de Alto Cachoeirinha, distante do centro do município de João Neiva, em meio as montanhas
A Folia de Reis acontece durante os festejos natalinos na comunidade de Alto Cachoeirinha e região. O grupo já se apresentou em várias localidades do Estado no decorrer dos anos, chegando a se apresentar na TV aberta em rede nacional.
INSTITUTO PRESERVARTE
Em 1999, o empresário e Luthier Renato Casara, um apaixonado pela arte da luthieria, teve a ideia de ensinar aos funcionários e, também aos moradores de João Neiva, a construir instrumentos de cordas e de como tocá-los. Assim nasceu o Instituto Preservarte. Um projeto que tem o objetivo de estimular o aprendizado musical na população capixaba.
Toda a família Casara embarcou na jornada de Renato, assim o Preservarte iniciou suas atividades levando música e cultura a todos, independente de gênero, cor ou classe social, promovendo a inclusão através de projetos artísticos. Após ganhar reconhecimento público e governamental, o Instituto Preservarte foi oficializado em 2004 como Organização da Sociedade Civil e de Interesse Público – OSCIP.
Atualmente, o Instituto atende gratuitamente mais de 500 crianças, atuando em várias localidades do Espírito Santo por meio de palestras, cursos, oficinas, encontros. Com uma equipe formada por professores, monitores e voluntários, o Preservarte se destaca na formação de musicistas em João Neiva e também na produção de violinos.