A mágica da reciclagem: de “lixo” para matéria-prima da indústria

Todo mundo já ouviu falar da coleta seletiva. Mas você sabe como funciona a reciclagem de materiais? O caminho começa na separação adequada dos resíduos e segue quando você deixa na porta da sua casa para a coleta pelo caminhão da prefeitura.

Os materiais são encaminhados para o Centro de Triagem de Materiais Recicláveis de João Neiva (CTOJN), localizado no bairro Juá. No Centro de Triagem, os recicláveis são separados em função do seu tipo, principalmente garradas PETs, embalagens plásticas, papelão, alumínio, isopor, vidro, ferro, entre outros.

Os materiais são prensados, enfardados e armazenados em local seguro e coberto, para posteriormente serem comercializados para empresas de outras cidades, como Serra, Vitória, Linhares e Aracruz.

Os produtos recicláveis são vendidos principalmente para as indústrias pois são as que mais utilizam esses materiais em seus processos produtivos.

É nesse ponto que começa a mágica da reciclagem. O produto reciclável diminui a demanda por matérias-primas e os impactos ambientais do processo. O plástico e o isopor são grandes vilões da natureza quando descartados de forma inadequada, mas na cadeia de transformação da coleta seletiva eles se tornam aliados do meio ambiente. Quer ver?

O plástico reciclado, por exemplo, é usado em motores, para-choques, painéis, maçanetas, carcaça dos faróis, grades de ventilação do motor e espelhos retrovisores, entre outros elementos. O uso dele proporciona leveza aos veículos, o que reduz o consumo de combustíveis, promovendo mais eficiência energética.

Já o isopor reciclado, substitui a madeira ao ser usada para fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos, e ainda é utilizado como insumo para concreto leve e solado plástico para calçados.

“É importante que o cidadão compreenda todo o elo da reciclagem, isso faz com que as pessoas se sintam importantes e motivadas a praticar a coleta seletiva. A reciclagem aumenta a vida útil dos aterros sanitários; diminui os gastos públicos com o gerenciamento de resíduos sólidos, reduz o desperdício e o depósito de lixo em lugares clandestinos e inadequados; minimiza o aparecimento de vetores; reduz o consumo de energia na produção; e gera renda pela comercialização dos recicláveis”, destaca a técnica de Defesa Ambiental da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Semades) Mariana Perin.